Os testes de integridade são imorais por estimularem um comportamento criminoso?

Ao contrário: os testes de integridade inibem a prática de crimes. O agente público, ao saber que, por lei, pode ser submetido a um teste de integridade, poderá recuar em seu propósito de praticar crimes. A possibilidade de , a qualquer momento, ser submetido a um teste representará um risco para o funcionário corrupto – risco que hoje ele não corre.

O teste não visa a criar no funcionário público a predisposição à prática de um ilícito administrativo ou crime, nem visa a incutir no funcionário público a ideia da prática do ato de corrupção, muito menos de forçá-lo a tanto. Visa, isto sim, a aferir se realmente existe de sua parte a predisposição ao ato ilícito e, concomitantemente, se essa predisposição, efetivamente testada mediante a encenação de uma situação concreta, levará esse funcionário a praticar a conduta ilegal.